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Solidão excessiva



Sabia que, assim como nós, os cães também podem se sentir muito solitários e ter problemas com ansiedade e depressão ao ficarem longos períodos sozinhos?


É difícil determinar um tempo específico que um cão pode ficar sozinho porque isso depende da personalidade e da tolerância ao tédio que cada cachorro tem. Mas, de uma maneira geral, o recomendado é que os cães não fiquem sozinhos por períodos maiores do que de quatro a seis horas. Isso é baseado em diversos estudos, como um artigo da Universidade de Edimburgo (Edinburgh University) da Escócia, e também o artigo da SLU (Swedish University of Agricultural Sciences), a Universidade Sueca de Ciências Agrícolas publicada em 2010, que identificou alterações comportamentais nos cães após esse período de ausência dos seus tutores.


Se quiser conferir o artigo original, é só acessar o link abaixo:


A solidão excessiva também pode causar o tédio, que é um estado emocional perigoso, que pode levar o cachorro a problemas psicológicos, comportamentais e de saúde.


Para saber se seu cachorro está muito entediado, basta prestar atenção a seu comportamento. Cães saudáveis têm comportamentos próprios da sua espécie; eles correm, brincam, farejam, interagem com o ambiente e são curiosos. Qualquer variação nesses comportamentos pode sugerir que algo está errado.


Carência extrema, sono excessivo e alterações no apetite também são sintomas comuns em cães entediados. Assim como latidos excessivos, comportamentos compulsivos (como se lamber repetidamente) e andar ou correr em círculos com frequência.


Importante! A manifestação de um ou outro sintoma pode ser o bastante para identificar que o cão está entediado; mas também pode ser sinal de algum problema de saúde. Por isso, em caso de dúvida converse com um veterinário para um diagnóstico mais completo.


Síndrome de ansiedade de separação


A SAS é um distúrbio comportamental que está diretamente associado aos tutores, onde os cães os veem como uma figura de apego, construindo uma relação emocional e um vínculo afetivo intenso com os mesmos. Em alguns casos extremos, os cães podem ficar muito estressados e agitados a ponto de derrubar objetos e tentar atravessar janelas ou portões, o que é muito perigoso.


Entender a SAS não é uma tarefa fácil, principalmente para os tutores que, muitas vezes interpretam alguns dos sintomas, como a destruição de objetos, os choros e latidos excessivos, e as necessidades fora do lugar, como desobediência do cachorro, ou um ato de vingança.




A prevenção sempre é a melhor opção


O cachorro deve encarar a solidão como algo positivo e, para isso, devemos fazer com que ele se acostume a ficar sozinho desde cedo; mesmo que ele já seja adulto. Comece deixando-o sozinho por alguns minutos e vá aumentando o tempo gradualmente.


É preciso que seja feita uma associação positiva com os instantes de solidão, e devemos estimular o cão a criar esse link proporcionando o enriquecimento ambiental, com brinquedos interativos, mordedores e qualquer outro modelo que o cão goste. Todos esses elementos são usados para deixar o ambiente mais estimulante.


Alguns cães ficam muito ansiosos e se antecipam na saída do tutor, percebendo assim cada atitude por parte dele no momento da preparação ao deixar a casa. Por isso, é muito importante identificar os gatilhos que causam a ansiedade, como chaves, sapatos, bolsas e portas. Usar esses itens fora do contexto evita que o cão associe isso com o momento de alguém sair ou chegar em casa.


Outras dicas que também podem ajudar:


- Não faça festa ao chegar e não se despeça quando sair de casa;

- Para manter o ar de novidade, faça sempre um rodízio entre os brinquedos;

- Tenha comedouros interativos e diferenciados que ofereçam desafios diferentes;

- Incentive a autonomia do seu cão, assim ele pode se interessar mais em brincar quando estiver sozinho em casa;

- Passeie diariamente com ele. Se não puder fazer isso, considere levá-lo em uma creche ou contratar um dogwalker.


Ações simples que impactam diretamente no bem estar e qualidade de vida do seu cachorro!


Não esqueça que não é uma questão de ensinar o seu cão a ficar sozinho, é sim uma questão de acostumá-lo e prepará-lo para essa situação; afinal, não há quem viva bem mediante tamanho estresse diário.


Por isso que proporcionar diversão para o cão é parte dos cuidados básicos para ter um doguinho saudável e feliz!


AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas neste blog devem apenas ser utilizadas para fins informativos, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado.

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