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Obesidade canina



O número de cachorros com obesidade vem aumentando muito nos últimos anos; estima-se que quase metade dos cães domésticos brasileiros está acima do peso.


Assim como ocorre com seres humanos, diversos fatores contribuem simultaneamente para que a obesidade se torne cada vez mais comum entre os cães. São eles:


· Sedentarismo;

· Excesso de petiscos;

· Alimentação inadequada (de baixa qualidade e/ou ingerida em excesso);

· Problemas hormonais,

· Fatores hereditários.


Muito além de uma preocupação estética, um cão obeso pode desenvolver inúmeros problemas de saúde, ficar mais suscetível a diversas doenças (como diabetes, problemas de coluna, sobrecarga articular, etc.) e ter uma expectativa de vida menor.


Um cão obeso também sente desconfortos para fazer atividades diárias e se locomover. Ele se esforça muito mais para realizar ações simples, sobrecarregando o sistema respiratório e circulatório.


Por isso, saber identificar um cachorro obeso é o primeiro passo para garantir a ele longevidade e qualidade de vida!



Quase todo mundo já ouviu falar no Índice de Massa Corporal (IMC), que serve de referência para o peso em humanos. Os cães, da mesma forma, têm para a espécie um índice específico.


O parâmetro mais utilizado para avaliarmos se o peso de um cachorro é adequado é o ECC (Escore de Condição Corporal), uma escala com pontuação de 01 a 09 com critérios bem definidos, pensada especialmente para a estrutura corporal dos cães e que ajuda a identificar o cachorro gordo ou abaixo do peso. Quando o cachorro está abaixo do peso ideal da ECC, ele é diagnosticado com subpeso; já o sobrepeso é quando está acima dos quilos para o seu porte físico:


Apresenta os ossos da costela e dos quadris bem aparentes. Além disso, o reentrância abdominal, aquele espaço entre o peito e as patas traseiras, está bem notável.


As costelas não estão aparentes ou aparecem muito pouco, mas é bem fácil percebê-las ao tocar o cachorro. A reentrância abdominal não é tão grande.


As costelas não só não aparecem, como são difíceis de sentir com o toque. Não há reentrância abdominal.


Importante! Cada raça (inclusive SRD) tem formas e estruturas corporais diferentes. Buldogues franceses e pugs, por exemplo, têm o corpo mais “redondo” e maciço que malteses e lhasa apsos. Já cães de corrida, como os whippets, tem o corpo naturalmente magro e com as costelas proeminentes (esse inclusive é um dos indicativos de boa saúde para eles). Considerando essas características específicas, apenas um veterinário será capaz de diagnosticar se o peso do cão está adequado ao porte do cachorro.


Mas, antes mesmo de levá-lo ao veterinário, alguns sinais ajudam a identificar quando um cão está acima do peso:


Costelas: Mantenha o cão confortável e passe as palmas das mãos na caixa torácica dele, uma mão de cada lado. Observe como você sente as costelas, a coluna vertebral e os ossos pélvicos, verificando a presença de gordura. O seu cão deve ter costelas que se possam sentir com facilidade, com o mínimo de cobertura de gordura, ou seja, elas devem ser palpáveis sem uma cobertura de gordura em excesso.


Perfil: Fique no mesmo nível do seu cão e observe ele de pé, de um ângulo lateral. Verifique se as costelas, a coluna vertebral e os ossos pélvicos estão visíveis à distância. O abdômen (a parte inferior à frente das patas traseiras) deve ser dobrado para cima, para a sua pélvis, quando visto de lado.


Cintura: Observe o seu cão em pé de um ângulo superior. A sua cintura deve ser facilmente observada quando vista de cima (procure uma forma de ampulheta) e a sua dobra abdominal deve ser visível.



É importante ressaltar que a prevenção da obesidade começa logo quando o cão é filhote. Fica muito mais difícil reverter o quadro depois de adulto e, principalmente, idoso. O cachorro obeso é sempre resultado de um conjunto de fatores ao longo da vida. Mas, com algumas dicas tudo fica mais fácil e a vida dele, mais saudável:


- O cão deve receber as porções corretas de alimento de acordo com seu porte e idade. É possível verificar a quantidade indicada na embalagem da própria ração;


- Siga as instruções que estão na embalagem da própria ração, pois cada marca e categoria tem um volume ideal para ser ingerido conforme o peso do animal.


- Também é bom estabelecer uma rotina de horários e frequência das refeições diárias: cachorros adultos devem comer duas vezes ao dia (filhotes, três vezes) e sempre nos horários que você definir.


- Uma rotina de exercícios diários ajuda bastante. Se o tutor não tem disponibilidade para levar o cão para passear, brincadeiras dentro de casa são benéficas e mais acessíveis. O importante é o cão se movimentar o máximo que der. Até porque, animais sedentários tendem a ficar mais estressados e hiperativos. Precisam de estímulos mentais e de desafios para a manutenção da saúde.


- Garantir que o cão beba água em abundância evita uma série de problemas, principalmente nos rins. Isso auxilia a eliminar toxinas e a limpar o organismo. Inclusive porque a tendência é urinar mais.

- Além disso, evite o máximo possível os petiscos industrializados; eles são ricos em gorduras e carboidratos, pobres em nutrientes e podem tirar o apetite para a ração equilibrada.


Lembrando que, quando cuidamos de um cachorro, os cuidados com a sua saúde física e psicológica são de nossa total responsabilidade. Quando falamos de saúde, a alimentação, os exercícios e os estímulos mentais são partes muito importantes!


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