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Coceiras excessivas



As principais atividades que fazem parte da rotina dos cães são comer, beber, dormir, brincar, passear e... se coçar!

Isso mesmo, se coçar.


Assim como nós nos coçamos às vezes, nossos cães também sentem essa necessidade. Quando isso acontece em momentos específicos e por pouco tempo, não há motivo para se preocupar, pois é algo completamente normal; esse hábito é um processo natural dos cães que funciona como um autocuidado para afastar insetos e outros elementos que podem feri-los.


A coceira também pode estar ligada a um comportamento obsessivo. Se o cão está ansioso ou estressado, pode se coçar excessivamente. Neste caso, o enriquecimento ambiental e a prática de atividades físicas podem ajudar bastante a aliviar essa compulsividade.


Agora, se seu cachorro anda se coçando com mais frequência, e por um período de tempo mais longo, algo pode estar errado. Se ele apresenta lesões, queda de pelo em alguma região (em especial naquela em que coça), ou usa a boca para se coçar, fique atento: ele precisa fazer uma visita ao veterinário. Estar atento ao estado da pele e dos pelos do seu cachorro é essencial para avaliar o quadro geral de saúde dele!



Principais causas das coceiras excessivas


Os principais responsáveis são as alergias e os temidos parasitas: pulgas, carrapatos, piolhos, entre outros.


As causas mais comuns de alergia em cães são:


• Alimentos (alguns alimentos e mudanças bruscas na ração podem causar alergias);

• Pulgas (a saliva das pulgas pode desencadear uma reação alérgica);

• Plantas (algumas plantas e até mesmo o pólen de algumas delas);

• Dermatite de contato (componentes de produtos, em especial os químicos);


Já em relação aos parasitas, embora o quadro seja bastante desagradável, é relativamente fácil de prevenir; basta manter a rotina com antiparasitários para evitar as infestações. Mas cuidado! Muitos tutores acabam aplicando

o antipulgas e carrapatos apenas quando o cachorro está passando por uma infestação, mas o ideal é fazer a manutenção desse medicamento conforme a embalagem. Ou seja: se a dose do antipulgas está atualizada,

o cachorro não corre risco de infestação, e o melhor é sempre prevenir!


Outro problema que é sempre associado à coceira, a sarna é uma doença muito contagiosa. É transmitida por um ácaro que ataca a pele, causando lesões e coceira. Pode aparecer em diferentes tipos, e seu sintoma mais comum é a perda de pelos, principalmente nas regiões dos olhos, boca ou patas. A sarna não é um problema grave, mas necessita de atenção veterinária. Só um especialista poderá identificar a origem do problema e receitar o melhor tratamento.


Além de alergias, parasitas e sarna, outros fatores que podem contribuir para a coceira excessiva são as infecções na pele, a seborréia (tanto seca quanto oleosa) e a otite, que é uma doença que incomoda demais os cães. Como o ouvido é uma região sensível e que fica muito exposta, acaba sendo alvo de bactérias, principalmente quando não recebe a limpeza ideal com frequência. Outro fator que contribui para a otite é a entrada de água no ouvido. Por isso, ao levar seu cachorro na praia ou em outro lugar onde ele terá contato com a água, é necessário verificar se não sobrou nenhum líquido ali. A hora do banho também requer alguns cuidados, como o uso de algodão impermeável para proteger o local.



Como prevenir as coceiras excessivas


Deixar de controlar as alergias do seu cão pode levar a outros problemas, como perda de pelos e infecções de pele. Por isso, para prevenir as coceiras e proporcionar o bem-estar de sua pele, é preciso manter a higiene em dia e incluir o os medicamentos contra pulgas e carrapatos regularmente.


Outras precauções importantes são:


Vacinas e antipulgas

Todos os cães devem fazer uma prevenção eficaz contra pulgas e carrapatos o ano todo. Para alérgicos, a prevenção é ainda mais importante. Os cachorros com alergia a picada destes ectoparasitos (que quer dizer parasitas externos) podem reagir a poucas picadas, sendo que quanto mais, a reação alérgica será ainda mais séria. Muitas vezes nós nem conseguiremos ver estes parasitas no cão, pois eles podem mastigá-los devido a coceira gerada.


Banho regular

Para cães alérgicos a rotina de banhos pode ser numa frequência até maior que semanal, desde que tenha sido estabelecida pelo veterinário. Na frequência de uma a duas vezes por semana, utilize shampoos suaves com formulação hidratante, feitos especialmente para cães. Produtos de pele com componentes hidratantes como aloe vera, fitoesfingosina, vitaminas farão muito bem para a pele dele. Ao dar banho no seu cão, não se esqueça de verificar e limpar as orelhas, pois são áreas que costumam apresentar infecções secundárias em animais com alergias.


Alimentação adequada

Alimente seu cão com uma dieta de alta qualidade feita com ingredientes saudáveis. Isso pode significar coisas diferentes para cães diferentes. Assim como acontece com os humanos, a qualidade dos ingredientes que se ingere pode realmente afetar a saúde geral do cachorro. Se houver suspeita de alergia alimentar, seu veterinário pode recomendar uma mudança na dieta. Isso geralmente envolve uma dieta com ingredientes limitados e especiais com uma nova proteína (como peixe, pato, carne de veado, etc.). Frango e carne são responsáveis pela maior parte das alergias alimentares nos cães.


Cama ideal

Considere comprar camas de espuma para cães, pois são menos propensas a abrigar alérgenos comuns, como os ácaros. Substitua as camas dos cães anualmente, independentemente do material. Em caso de alergia ambiental, lave as colchas dos cães semanalmente com um detergente sem fragrância e corante.


Fique sempre atento aos sinais que seu cãozinho demonstra para manter sua saúde dele em dia, e lembre-se sempre: a coceira excessiva não é uma doença, e sim um sintoma de um outro problema!


Importante! Se você está notando que seu cachorro anda se coçando muito, é fundamental levá-lo ao veterinário, que irá examiná-lo e passar um diagnóstico correto. Somente um profissional pode descobrir sua origem e tratar da maneira correta. Também fique longe de remédio caseiro ou outras receitas milagrosas; pois isso pode causar problemas mais graves ao seu cão!


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